

No dia 8 de dezembro tive o prazer de ter o meu livro Vestígios apresentado na 1ª Bienal Virtual do Livro de São Paulo.
O livro, que foi apresentado pelo Eldes Saullo da Casa do Escritor, é o segundo volume da saga de Betina Zetser, protagonista da série. Betina Zetser é jornalista investigativa, e neste livro encontra o ataque com ácido, crime hediondo que ganha as manchetes no mundo todo, o gancho da sua próxima matéria investigativa, quatro anos após denúncia de trabalho escravo no interior do Brasil (trama do primeiro volume).
Da realidade para a ficção, a narrativa alerta os leitores sobre os sinais da violência contra a mulher a partir da história de vítimas que sofreram o ataque. Jackeline Fernández, por exemplo, é fundadora de uma organização que dá apoio às mulheres que foram atacadas. Vítima do crime, a personagem é uma das fontes de Betina para a investigação jornalística.
Enquanto isso, Bruno, marido de Betina, enfrenta um inimigo do passado que retorna para perturbar a vida do casal. É com esse enredo que Luciana aprofunda a história do primeiro volume da saga, mas sem comprometer o entendimento de quem não o leu. Os pesadelos com Hermano, criminoso responsável por gerenciar trabalhadores escravizados, ganham força após a notícia de que ele está foragido.
“O que quero dizer, Richard, é que não importa qual a cifra percentual dos ataques atuais. Estamos falando de vidas que são destruídas, vidas como a minha, a sua ou de qualquer pessoa que passe por uma situação como essa. Quero muito ajudar de alguma maneira a essas mulheres, quero entender o que está por trás desses ataques, quero ser útil para a sociedade. Esse é o nosso papel, pelo amor de Deus!
Ele não disse mais nada, apenas fez um gesto com as mãos para que me retirasse.
Estava muito decepcionada com sua indiferença. Não entendia como ele poderia reagir assim, tendo uma filha da mesma idade das vítimas da Tanzânia.”
(Vestígios, pág. 65)
